Um programa de cuidado do infarto agudo do miocárdio, implantado pela Prefeitura de São Gonçalo, foi destaque na 5ª Mostra Estadual de Práticas de Saúde, apresentada na Fiocruz na última terça-feira (29). De 179 trabalhos inscritos, apenas 24 foram selecionados para apresentação e o município ficou em sexto lugar, comemorando a redução da taxa de mortalidade por infarto.
Segundo dados da Prefeitura de São Gonçalo, entre os anos de 2022 e 2024, houve uma redução da taxa de mortalidade de 13,1% em 2022 para 6,6% em 2023 e 3,7% em 2024. O tempo médio de internação também apresentou diminuição, passando de 11,8 dias em 2022 para 4,2 dias em 2023 e 2,3 dias em 2024.
A implantação da Linha de Cuidados no Hospital do Câncer e do Coração (HCCOR), no bairro Lagoinha, se tornou uma referência estado para as cirurgias de coração e oncológicas, além de exames complexos, como cateterismo. Desde sua implantação, em dezembro de 2022, a unidade vem recebendo pacientes de vários municípios, em especial de Niterói, Maricá e Itaboraí.
Procedimentos
Até dezembro de 2024, o cateterismo — procedimento para diagnosticar doenças cardíacas mais realizado no HCCOR — atendeu 3.979 pessoas, sendo 3.059 (76,87%) de São Gonçalo e 920 (23,10%) de outras cidades. As que mais usaram o hospital de São Gonçalo para este serviço foram: Itaboraí (276), Maricá (168), Niterói (160) e Rio Bonito (77).
A revascularização do miocárdio, popularmente conhecida como ponte de safena, teve um total de 676 realizações, também entre dezembro de 2022 e dezembro de 2024. Foram 396 feitas na população de São Gonçalo (58,57%) e 280 em pessoas de fora (41,42%). Os municípios de Niterói e Itaboraí foram os que mais utilizaram o benefício, operando 49 pessoas cada, seguido por Rio de Janeiro (46) e Maricá (35).
O tratamento para a desobstrução das artérias do coração (angioplastia) teve um resultado de 1.118. Destas, 915 para São Gonçalo (81,84%) e 203 para outras cidades (18,15%). Depois de São Gonçalo, a intervenção foi mais realizada em moradores de Itaboraí (73), Maricá (51), Niterói (42) e Rio Bonito (14).
As cirurgias oncológicas (retirada de tumores e cânceres) totalizaram 1.646, sendo 1.244 para moradores de São Gonçalo (75,75%) e 402 para outros locais (24,42%). As cidades que mais usaram este recurso foram Itaboraí (114), Maricá (84), Niterói (65) e Tanguá (36).