Em seu primeiro discurso como presidente reeleito da Assembleia Legislativa (Alerj), o deputado Rodrigo Bacellar (União) agradeceu pela lembrança de parte dos parlamentares que o citaram como possível candidato ao governo estadual em 2026. Contudo, foi enfático ao dizer: “vamos deixar a eleição para um momento oportuno”.
“Fico muito feliz de ser citado por muitos e lembrado. Eu, um capial de Campos, que chegou aqui em 2019. Mas cheguei de cabeça erguida, com muita humildade. Acho que a gente tem que trabalhar. Sou muito grato pela lembrança do meu nome para projetos maiores. Se for em prol do grupo, para qualquer nome, estou dentro e vou até o final”, afirmou.
Bacellar foi o primeiro presidente da Assembleia, desde a fusão dos antigos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, a ser eleito por unanimidade: obteve o voto favorável dos 70 deputados, sem que outra chapa tenha se inscrito. O deputado fez um agradecimento em especial ao PSOL, partido que geralmente opta pela abstenção, mas que votou a seu favor.
“A grande missão neste parlamento era a união e diálogo com todos, independente de posição partidária, ideológica e bandeira política. Reforcei que, mesmo sendo aliado ao governo, estaria ao lado dos deputados. Tenho a certeza de que agora preciso me reinventar e ser ainda melhor nos próximos dois anos”, acrescentou.
Bacellar comenta sobre alianças políticas
Em relação às alianças políticas, Bacellar citou que, apesar de ser governista e amigo de Cláudio Castro (PL), jamais permitiria que a Alerj se tornasse um “puxadinho” do governo estadual. Também citou a amizade que desenvolveu com Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil, legenda liderada no Rio por Bacellar.
“Quero agradecer ao meu presidente, Antônio Rueda. É nos conflitos que surgem as grandes amizades. Nossa história vem de uma briga política na eleição passada. Sentamos, passamos uma borracha em tudo e nasceu uma amizade que o Estado do Rio testemunha”, destacou.
No que diz respeito aos desafios para o estado, Bacellar pontuou a situação delicada que o Rio vive na segurança pública. Também afastou a imagem de ser um “político de Tik Tok”, que, em sua análise, são aqueles que usam de tragédias para promoção própria.
“O estado não tem mais tempo para errar. Essa união de forças será fundamental para encarar os desafios que temos pela frente. Não esperem que o Bacellar coloque uma bota, pise na lama e tire uma foto chorando com os outros. Isso é oportunismo barato. Ajudar é passar a mão no telefone, ir para a cidade e deixar que os órgãos competentes trabalhem”, continuou.
Em seu discurso, Bacellar ainda agradeceu à família, em especial ao filho e ao pai, o ex-presidente da Câmara de Campos e sindicalista Marcos Bacellar. Também reforçou o trabalho que tem realizado a favor do protagonismo feminino na Alerj.